Se não for o amor dos cristãos, nem me fales de amor
Cidades decoradas com coraçõezinhos vermelhos, lojas de presentes e
floristas abarrotadas, jantares românticos, promessas de amor, flores,
chocolates e ursinhos de peluche a venda e etc. Prontos, chegou o dia 14 de fevereiro,
o tão celebrado Dia dos Namorados. É o dia da azáfama pelo amor. Assinala-se a
morte de São Valentim, o bispo Católico que foi morto por se recusar a obedecer
a ordem do imperador Cláudio II de não realizar casamentos durante as guerras (Império
Romano - século III). O corajoso bispo continuou a celebrar matrimónios às
escondidas. Foi descoberto, preso e condenado à morte. Eu não sei se a história
é real, mas, ainda assim, aproveito a efeméride para demonstrar amor fora das formas
habituais e também para refletir sobre o amor.
Uma das coisas que mais me deixa chocado acerca de Deus é que ele quer ser
amado. A Bíblia regista em Deuteronómio 5:6 que Deus ordena seu povo a amá-Lo: “Amarás,
pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e toda a tua alma, e de todas as
tuas forças”. Um mandamento para amá-Lo? Sim. É isso mesmo, Deus quer ser
amado e ordena que O amemos. Ou seja, o amor é um assunto sério para Deus. Deus
não ordena que o amemos por estar carente. Não. Ele vive muito bem sem nós. Ele
ordena que o amemos porque é a única reacção que faz sentido diante Dele. Como
assim? É isso mesmo. Deus é amor (1 João 4:8), portanto amar faz parte da
natureza Dele. E mais, ele quer que partilhemos da Sua natureza, por isso nos
amou tanto que deu Seu filho para morrer pelos nossos pecados e derramar este amor
em nossos corações (Romanos 5:5). Pelo que, quando Ele exige que o amemos faz
todo sentido porque depositou no coração das novas criaturas a capacidade de
amar como Ele faz.
O amor que Ele exige é só uma reacção ao amor que Ele já manifestou por nós.
A Bíblia diz em 1 João 4:19 que “nós O amamos porque Ele nos amou primeiro”. Muitos
de nós acham que Deus quer tantas outras coisas – dinheiro, tempo, esforço,
etc. Mas o que Deus realmente quer é o nosso amor. Nosso coração. Quando
realmente amamos o SENHOR com todo o nosso coração, alma e forças, então todas
as coisas que temos também passam a ser Dele. Porque não existe isso de amar
sem doação. Por isso, a história de São Valentim é apropriada para esta
reflexão. É a história de alguém que para cumprir o mandamento do Senhor colocou
a sua vida em risco, desobedecendo às ordens de um imperador. Isso me faz
lembrar de Pedro e João diante do sinédrio quando foram ordenados a parar de pregar
o Evangelho. “Pedro e João, porém, responderam: Os senhores acreditam que Deus
quer que obedeçamos a vocês, e não a ele? (Actos 4:19)”.
Que bravura da parte de homens que haviam negado Jesus há alguns dias. É
isso que o amor derramado pelo Espírito Santo faz connosco. Capacita-nos a
amá-Lo loucamente. Em contraste, eu vejo uma apatia entre os cristãos dos
nossos dias que me faz questionar se realmente entendemos que Deus quer ser
amado. Ele denunciou os israelitas através do profeta Isaías: “Portanto, o
Senhor diz: “Este povo fala que me pertence; honra-me com os lábios, mas o
coração está longe de mim. A adoração que me prestam não passa de regras
ensinadas por homens” (Isaías 29:13).
Portanto, não adianta só cumprirmos os mandamentos e as regras e
participarmos de todos os cultos da igreja. Precisamos que o nosso coração
reaja ao amor do coração de Deus. Eu sonho com uma geração que por amar a Deus
de todo coração, alma e forças amará o próximo de tal maneira que no dia 14 de Fevereiro
os não crentes dirão: “se não for o amor dos cristãos, nem me fales de amor”.
Amém, Deus seja louvado para sempre🙌🏾
ResponderEliminarToda Gloria e todo louvor para o nosso Deus que era que é e que há de vir.
EliminarOutro tipo de amor que não seja igual ao demonstrado pelo Senhor não faz sentido. Glória a Deus.
ResponderEliminarDe acordo! Outro tipo de amor não é amor, na verdade. Deus é a fonte de todo amor. Não existe amor fora Dele.
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